Você é crente?

por Gaby

Até quando reivindicaremos coisas a Deus?
Quando de fato abriremos mão de fazer planos, e deixaremos de desejar que Deus se molde a nós, e realize o nosso “plano perfeito”?
Sim, é exatamente assim que agimos em relação a Deus.
Devemos de fato apresentar a Deus as nossas petições por meio de súplicas e oração. (Fp 4: 6)
Mas na maioria das vezes não é isso que acontece de fato. Ao orarmos a Deus já apresentamos um “plano perfeito” tecido por nós, e de fato o que desejamos é que este seja executado por Ele.
Conseqüentemente passamos a nos deparar com sentimentos de angústia, medo e insegurança inerentes a nós.
Sabe por quê?
Porque passamos a temer não a Deus como é devido, e sim temer que Ele falhe ao executar o que programamos com tanta “perfeição” (?).
Parece absurdo e de fato é.
Pois Deus não é falho, não erra, Ele é Deus e sempre O será.
Errantes somos nós!
Analiso de forma muito racional, e creio que se de fato Deus realizasse nosso desejo tal qual desenhamos em nossas mentes frívolas, seríamos os primeiros a refugá-los.
Pois com certeza, estes, por não serem advindos de Deus, são apenas traços desalinhados que fatalmente culminariam em desagrado, afinal coisa difícil é nos agradar!
Assim sendo, todas estas coisas querem nos advertir sobre uma algo muito simples, contudo muitíssimo sério: passamos desde então, a pecar legalmente!
Sim, pois quando agimos independentemente de Deus e Sua perfeita vontade, damos legalidade ao pecado.
E incredulidade é pecado passível de morte! Creia nisso!
Não digo somente da morte natural, mas também da morte espiritual, esta segunda muito pior que a primeira, uma vez que apenas existir sem conhecimento e temor do Senhor, antes ser esterco.
Os israelitas padeceram por quarenta anos no deserto por incredulidade.
Ali vagaram, sem entrar no descanso de Deus e apodreceram a mercê do tempo. (Hb 3:16-19)
Sim o Senhor é bom, infinitamente bom, mas é também Severo.(Rm 11:21-22)
A Sua longanimidade é algo que não podemos mensurar, assim como Suas qualidades e atributos.
Contudo, dilatemos nossa consciência no tocante a severidade de Deus, e não somente a Sua bondade por convenção.
Aquele que não se submete ao Senhor, sentirá de fato o peso da Sua mão.
Isso não é uma profecia, e sim uma palavra de vida para qualquer um que a ler.
Existe um silogismo nisso tudo: aquele que de fato não crê em Deus, todavia não O ama de todo coração, logo não O obedece e não O teme. Incredulidade é ainda pecado cumulativo!
Tenhamos bom senso ao rogar ao Pai, sejamos vigilantes acerca do nosso querer.
Vigiai e orai. (Mt 26:41) E neste caso, vigiemos as nossas orações.
Não intentemos contra o coração de Deus. Sejamos gratos por tudo que de fato já somos e temos em Cristo Jesus.
Este mundo nada é além ilusão. Não vivamos aqui como se esta fosse a morada definitiva. Foquemos a eternidade.
Sejamos esperançosos em Cristo.
Busquemos o descanso das nossas obras em Deus.
Consagremos-nos a Ele todos os dias. E questionemos a nossa conversão com a mesma periodicidade.
Coisa fácil é dizer ser crente. Ardiloso é sê-lo de fato.
Mas, ao que crê tudo é possível. (Mc 9:23) Inclusive crer com veracidade!