segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Esperando o inesperado

por Gaby


Muitas vezes vituperamos as pessoas com as quais convivemos em função de uma decepção infundada. Afinal a decepção em relação ao outro, é culpa absoluta de quem a sente, se uma vez nos foi revelada através da palavra de Deus, um traço do nosso próprio caráter: as falhas!
Somos voláteis, volúveis e incontestavelmente necessitamos de Deus, cada dia mais.
Quanto menos neófitos somos, mais precisamos estar cercados pelo Seu amor, pela Sua misericórdia, e buscar cada dia mais um vinculo real, uma conectividade plena com Deus.
Por mais que tentemos através de nossos atos nos mostrar fiéis e resignados, ainda intentamos contra Deus. E automaticamente, tornamos vã a entrega de Cristo. Que assim como nós também era possuidor do livre arbítrio, antes porem, Jesus estava conectado a Deus, e não esperava de outro aquilo que somente o Pai poderia fazer por ele.
Ainda compungido pelo sofrimento, tendo seu suor vertido em sangue, tamanho era o desgaste emocional que vivia, sabendo que ao amanhecer, se entregaria por nós!
Lucas 22:44
Concluo que Jesus não exitou em fazê-lo por um detalhe que por vezes nos passa despercebido: Ele sabia exatamente onde depositar suas expectativas! E por isso hoje gozamos de vida plena e livre, e ainda assim matamos mais uma vez a Jesus.
Por vezes nos vitimizamos por acreditar que aquela pessoa, tão falha quanto nós, agiu em desacordo com que eu esperava! Oras, se expectativa era minha, ninguém havia de supri-la tal qual eu entendia, tampouco se sentir culpado da minha própria frustração.
E é daí que vem a afirmação feita anteriormente: matamos mais uma vez a Jesus!
Quando decepcionados, nos fechamos em nós, e incrustados pela comiseração, lançamos mão da relação que antes tínhamos com aquele irmão, afinal se alguém nos decepciona deveria “morrer”, pois já não há mais serventia ou proveito daquela pessoa.
“Dessarte, mataste o autor da vida, a quem Deus ressuscitou dentre os mortos, do que nós somos testemunhas.” Atos 3:15
Quando nos abstemos do outro, matamos a Cristo, e nos abstemos d’Ele próprio, afinal é sabido que Seu desejo (leia-se mandamento) era que amemos uns aos outros como a nós mesmos. Mateus 22:39
Não há amor onde há facção, e em contrapartida, onde há amor opera a Graça de Deus.
Por mais difícil que seja para nós, devemos nos amar, e nos suportar. Colossenses 3:13. E desta forma se cumpra àquilo que é a soberana vontade de Deus.
Roguemos ao Pai quando esse tipo de dificuldade se manifestar em nós, e sendo este desejo sincero do nosso coração, logo virá o consolo.
Não sejamos dolosos em viver a comunhão, não sejamos dados à auto-mutilação, abrindo feridas em nós mesmos através de vitimizações insensatas e pueris.
Enfim, para que sejamos corpo, para que através disso nos seja revelado o nosso chamamento, deixemos de ser reticentes em perdoar.
Pode ate ser que caminhemos relativamente bem, ainda que solitários, mas a exemplo dos setenta (Lucas 10:1), permitamo-nos caminhar juntos. Creio que isso é entender quão sábio foi Jesus quando os enviou em duplas.
Em Deus esta o inicio de todas as coisas, bem como estas n’Ele se encerram, logo através d’Ele é que virá a perfeita comunhão, e também por Ele se findará as decepções permitidas por nós.
Em Deus não há falhas, Ele é perfeito em todas as coisas, e somente a Ele cabe este atributo, portanto que nossas expectativas estejam no Pai, e que em nossos irmão depositemos outros sentimentos, digo depósito a nível de investimento. Que possamos investir uns nos outros e depositar mais amor, mais amizade, mais compaixão, mais alegria, etc...
Afinal a semeadura é livre, e o mesmo não se aplica a colheita.
Desejo que possas colher os melhores frutos em qualquer tempo!

Um comentário:

  1. Jesus confiou aos seus discípulos a missão de perdoar os pecados (JO 20:21-23),não obstante, se não fosse a remissão dos nossos pecados conquistada por Jesus Cristo não estaríamos em vida; o perdão, pois, não é simplesmente um princípio cristão, senão uma missão a ser cumprida pelos discípulos de Jesus.
    Ora, menoscabando o próximo, estás a injuriar a ti mesmo,busquemos,pois, a excelência da união(Sl 133).
    A aliança é uma iniciativa de Deus, e Nele está nossas diretrizes, sonhos e todas as nossas expectativas.

    Gaby...essa Palavra foi uma benção para mim, edificação moral e espiritual.

    Christianno Pereira - grilo

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